9 de janeiro de 2016

Resenha: Maze Runner: Correr ou morrer - James Dashner

© Elton Cardoso

Vamos à uma rápida introdução antes de iniciar a resenha de fato! Gostaria de deixar claro o que me motivou a ler Maze Runner: Dylan O’Brien. Isso aí. Comecei a ver Teen Wolf apenas no ano passado graças à uma tarde de tédio na Netflix e em menos de um mês eu devorei a série inteira, logo de cara o Stiles, personagem interpretado pelo Dylan, já me ganhou, principalmente durante a temporada 3B – não vou entrar em detalhes porque pretendo dedicar um post inteirinho sobre Teen Wolf.

Enfim, após ficar maravilhado com a interpretação do O’Brien, decidi pesquisar sobre outros trabalhos dele e descobri que ele está estrelando uma trilogia inspiradas em livros – não, eu não sabia sobre os filmes de Maze Runner, psé, estava exilado em um iglu na minha cidade durante alguns anos, #judgeme. Vi o trailer, achei mega interessante. Li as sinopses e resenhas sobre a série MR e adorei. Assim, decidi comprar a saga toda de uma vez, todos os 5 livros da coleção, porque como vocês bem perceberam eu estava totalmente de fora do fandon de Maze Runner, e consequentemente, não sabia que os livros são uma trilogia e os dois últimos livros da série são spin-offs – só vim descobrir após ter comprado todos os 5. Foquei todas as minhas expectativas nesses livros na esperança de que curasse meu bloqueio literário ui, adoro usar esses termos que já vinha durando mais de dois anos. E então, iniciei a leitura. Blá-blá-blá Vamos a resenha de fato.

O livro começa com o Thomas dentro de um elevador totalmente escuro e sem se lembrar de nada da sua vida antes do elevador, exceto por seu nome. Quando este elevador para, as portas se abrem e ele se depara em um lugar com vários garotos o olhando como se ele fosse a mais nova atração do momento – e de fato ele é. Após explicações dos garotos ele descobre algumas coisas sobre esse estranho lugar: é chamado Clareira, nela, durante o dia, os meninos se organizam para levar uma vida o mais normal possível, aqui cada um tem uma função especifica, mas dentro deste lugar tem um labirinto, onde todas as noites as porta se fecham e monstros saem para percorrê-lo e matar qualquer um que se atrever a passar noite no labirinto.

Com a cabeça a mil, cheio de perguntas para fazer e dúvidas para serem esclarecidas, o Thomas fica enchendo o saco dos garotos mais velhos que são a autoridade da Clareira – percebi que alguns leitores acharam o Tommy do livro muito chato devido as atitudes e personalidade dele, eu, particularmente, considero todas as ações do personagem dignas de qualquer pessoa que estiver em uma situação semelhante. Afinal, como você se sentiria se acordasse em um elevador lembrando apenas seu nome e passasse a morar em lugar que tem vários monstros prontos para te matar e todas as pessoas se negarem a responder suas perguntas e/ou esclarecer suas dúvidas? Eu agiria da mesma forma que o Tommy, portanto não o considerado, chato/mimado/metido/aquele-que-quer-sentar-na-janelinha.

Logo no dia seguinte, para piorar a situação de todos, em particular do Tom, mais uma pessoa chega na Clareia (o que é estranho, pois durante dois anos, apenas uma pessoa chegava por mês), essa pessoa é uma garota (o que é mega estranho, pois durante dois anos apenas GAROTOS eram mandados para a Clareira), e essa garota chega com uma mensagem que vai deixar todos os demais garotos mais intrigados que nunca (o que é hiper estranho, pois durante dois anos ninguém nunca chegou com mensagem alguma). Depois dessa chegada em grande estilo, a garota em coma.

O desenrolar do livro começa quando Thomas decide se tornar um Corredor – uma espécie de trabalho, considerado o mais top, porém mais perigosos, pois são eles que vão ao labirinto investigar as coisas sinistras que acontecem por lá –, mas é fortemente barrado por um dos Clareanos (é assim que os meninos que vivem na Clareira se auto denominam).

Enquanto o Thommy tenta fortemente ser um Corredor, fica pensando paralelamente sobre a mensagem que a Teresa trouxe ao sair do elevador, e a partir disso o autor nos leva a uma narração maravilhosa e bem rápida durante seus capítulos bem curtos, que são encerrados com um suspense digno de manter em dia a máxima “só mais uma capitulo e vou dormir”.

Quando chegamos ao clímax várias reviravoltas acontecem e algumas dúvidas que eu, como leitor, tinha, são esclarecidas. Em seguida, os últimos capítulos são responsáveis por fazer a deixa para o segundo livro da trilogia, Prova de Fogo, e isso me deixou mais curioso que nunca para ler logo a continuação – o que pretendo fazem muito em breve.

Uma das coisas que não gostei muito no livro são os termos criados pelo autor para os palavrões e palavras “feias”, usados frequentemente pelos personagens, como “plong”, para se referir ao cocô – a palavra imita o barulho em que o dejeto faz ao cair na água, segundo é explicado no próprio livro –, e mértila, que nada mais é do que o palavrão merda. Apesar de ficar bem óbvio que os termos foram criados para que o livro ficasse acessível ao público mais jovem – uma tática de vendas para que o livro não fosse censurado –, achei esses termos bem idiotas e desnecessários, mas ok, né? Alguém precisa vender livros.

Outras coisas negativas é que o livro tem uma narração bem previsível. Você não encontrará nenhuma crítica ou algo que te faça pensar muito sobre como as coisas são. Isso faz de Maze Runner: Correr ou Morrer um livro de puro entretenimento, mas essas características estão longe de serem um empecilho, pois mesmo percebendo isso tudo enquanto lia, em momento algum me senti desmotivado a deixar de ler, até porque o suspense que o autor construiu aqui me fez ter apenas um tipo de pensamento: preciso ler logo esse livro para saber o que vai acontecer com eles pelo amor de deus gente.

Aliás, era este tipo livro que eu realmente estava precisando ler após um fim de período bem puxado. Assim, eu super recomendo Maze Runner: correr ou morrer para todos os que estiverem procurando se entreter de boas e passar o tempo com uma boa história, pois apesar dos defeitos aqui presentes, a leitura é muita boa.




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