22 de janeiro de 2016

Resenha: Maze Runner: A cura mortal - James Dashner

© Elton Cardoso

Assim como os demais, o terceiro livro da trilogia começa exatamente onde se encerrou o seu antecessor: os Clareanos foram resgatados pelo CRUEL e levado para o quartel general. Porém, Thomas acorda em um quarto branco totalmente acolchoado, sem saber como e porque foi parar ali, e muito menos, sem saber o que aconteceu com seus outros amigos, ele passa dia após dia nesse quarto sem nenhum tipo de contato com qualquer coisa do mundo de fora do quarto. Após passar quase um mês nesse quarto, uma pessoa do CRUEL, finalmente decide visita-lo, o Homem-Rato, está lá para lhe dizer o que aconteceu – todo o período no quarto foi mais uma Variável –, e o que pretendem fazer com ele e os demais: lhes devolver a memória. Uma oferta tentadora, mas o que Thomas realmente deseja de imediato é rever seus companheiros.

Quando todos estão juntos de novo, Janson, o Homem-Rato, fala novamente sobre a cirurgia que irá devolver a memória para que então, possam entender qual é o verdadeiro motivo que motiva o CRUEL a continuar com todos os experimentos e, principalmente, para que eles mesmos possam saber que antes de entrarem no labirinto, todos concordavam com os ideais do CRUEL. Em seguida começa um debate entre eles sobre se devem ou não fazer o procedimento, tendo em vista o que passaram, alguns temem ser mais um experimento da instituição para os manipularem ainda mais.

Como incentivo, Janson diz que nem todos ali são imunes ao vírus Fulgor, logo é revelado quais pessoas estão contaminadas e a um passo de virar um Cranck – essa revelação, meu caro, é perturbadora. Após a revelação, Thomas e seus fiéis amigos, Minho e Newt decidem fugir sem fazer a cirurgia. Assim começa mais uma cena de ação maravilhosa, cheia de suspense, que o James Dashner já provou que sabe escrever muito bem. Alguns de fato conseguem fugir e entram logo em outra aventura: procurar, de algum modo, uma forma que possa acabar de vez com o CRUEL. Isso os fazem ir para uma cidade chamada Denver, lá o governo criou uma fortaleza onde poucas pessoas que ainda não contraíram o vírus podem viver “naturalmente”.

Assim que pisam os pés em Denver, eles recebem um bilhete de alguém que irá causar surpresa tanto para eles quanto para o próprio leitor – eu, pelo menos, me surpreendi.

Ao ir de encontro com a pessoa que escreveu o bilhete, Thomas e os demais passam a saber que há uma instituição secreta que deseja por um fim ao CRUEL, logo, ele e os demais sentem motivados com o fato de poder contribuir com a queda daqueles que lhes fizeram tanto mal, mas nesse meio tempo, um milhão de coisas acontecem e se preparem para devorar o máximo possível de páginas e se sentir sugado pelo suspense que Dashner constrói divinamente bem – e para piorar, coisas, digamos, nem um pouco legal acontece.

Para alimentar toda a tensão da história, o autor constrói uma narrativa em que eu, como leitor, passei a sentir as mesmas coisas que o Tommy – já que o livro é narrado sobre o ponto de vista dele. Tom não confia mais em praticamente ninguém – afinal, ele foi traído por uma das pessoas que mais confiava, e por outras novas, a confiança dele volta para algumas pessoas e para outras não (novamente, saio em defesa do Thomas e concordo com as escolhas dele, já que alguns leitores também criticaram isso) , e o mesmo aconteceu comigo, por vezes tive que parar de ler para refletir se as atitudes de alguns personagens poderiam ser verdadeiras ou apenas mais um teste do CRUEL, isso aconteceu até a última cena do livro.

Tal como os demais livros – e como mencionei acima – o suspense faz parte de toda a narrativa, cada página que eu lia isso ia aumentando, uma reviravolta atrás da outra, teve momentos que eu tava lendo tão rápido e com tanta tensão que me pegava dando grandes suspiros para, literalmente, recuperar o folego. Aqui, James Dashner mostra toda a sua crueldade como autor e não poupa esforços em matar vários personagens – prepare-se para xingar muito o autor – e ser bastante detalhista em sua narrativa – prepare-se para se sentir chocado em alguns momentos.

Um dos melhores livros da trilogia, sem dúvidas. Com o final do livro se aproximando, algumas dúvidas são esclarecidas, mas outras continuam em aberto – algumas, percebi, deveu-se ao fato de alguns personagens optarem por não saber essas respostas, mas de fato senti que o leitor merecia tais esclarecimentos, que não vou entrar em detalhes por motivos óbvios. Assim, espero que as respostas estejam em alguns dos spin-offs da série, mesmo achando que deveria estar na história principal que é a trilogia.


Com certeza recomendo o desfecho de Maze Runner e como já falei nas demais resenhas: apesar dos defeitos presentes, o autor cumpre o que promete do quesito de ficção cientifica plus entretenimento. Adorei todo o tempo que dediquei à série e assim que terminei de ler, já bateu uma baita saudade de todos os personagens </3


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