© Elton Cardoso |
Então, o segundo livro da trilogia
começa exatamente onde terminou o primeiro, Correr ou morrer. Os Clareanos
estão em uma casa onde foram levados por aqueles que os resgataram no livro anterior,
mas a noite de descanso deles nem chega a termina e já descobrem que tem algo
de muito errado. Thomas acorda no meio da noite com a certeza de que aconteceu
algo com a Teresa, mesmo sem saber ao certo o que, enquanto isso, se depara com
o quarto em que ele e seus amigos estavam dormindo no maior pandemônio, seres
muitos estranhos estão tentam entrar na casa através das janelas, seres esses
que são humanos infectados pelo Fulgor – uma espécie de vírus que se propagou
no mundo pós-apocalíptico o qual a história se passa e que vai tirando a
humanidade das pessoas ao poucos, transformando-os em uma espécie de zumbis,
que chegam ao ponto de comerem a si próprios e outras pessoas, é claro.
Quando enfim, conseguem sair do
quarto, os Clareanos descobrem algo muito estranho na sala em que eles haviam
jantando e algo mais estranho ainda quando vão procurar pela Teresa: ela
simplesmente sumiu, e no quarto que ela deveria estar há na verdade um garoto
novo, chamado Aris, que irá trazer alguns esclarecimentos e gerar mais dúvidas
para os Clareanos. Após muita coisa ter acontecido nessa primeira madrugada e
sem saber do paradeiro da Teresa, eles ficam alguns dias trancados nessa casa
até que, do nada, um homem vestido todo de branco aparece na sala, com uma
escrivaninha e uma espécie de campo de forma o protegendo, e em um determinado
tempo ele revela o motivo de estar ali: uma nova missão para os Clareanos. Eles
terão que atravessar um deserto dentro de um prazo pré-estabelecido pelo CRUEL.
E como “incentivo”, o funcionário da tão misteriosa CRUEL lhe dizem que todos
os meninos estão infectados com o vírus do CRUEL e, ao atravessarem o deserto,
que também faz parte dos experimentos, as Variáveis, eles receberam a cura do
vírus como recompensa, caso contrário serão mortos de qualquer jeito – que belo
incentivo, hein?
E assim se dá, lá vão eles enfrentar
um deserto escaldante com várias provações durante a travessia e muitos Cranks
– como são chamados os infectados com o Fulgor – sinistros.
Enquanto isso, a Teresa continua
desaparecida e Thomas não consegue se comunicar telepaticamente como ela, o que
o deixa mais aflito ainda. Porém, nas raras oportunidades que ele tem de
dormir, ele sempre tem visões/flashbacks de seu passado, assim, algumas
respostas sobre a própria história são esclarecidas, tanto para o Tommy quando
para nós como leitor, assim como novas dúvidas surgem e outras continuam em
aberto.
Ao contrário do que li em resenhas
alheias – em que muitas pessoas alegaram que a história fica bem chata e
insuportável a partir do segundo livro – não achei o livro chato e muito menos
insuportável, ele literalmente é uma continuação do primeiro: super previsível
em alguns momentos, mas as outras características que o autor adicionou a obra
me fez continuar a leitura da mesma forma que aconteceu no primeiro livro.
Mas uma coisa que de fato me
incomodou foi o romance amoroso. Qual a necessidade de sempre colocarem um
romance nas histórias como alternativa de “quebra de tensão”? Nesse livro
acontece um triangulo amoroso, que na minha opinião é totalmente desnecessário
– podia acontecer com outros personagens secundários, sei lá, mas da maneira
que o autor colocou ficou muito Bleh, why Jeez? Why?
Com capítulos bem curtos e sempre
terminando em um momento de suspense – o autor acaba com minha pessoa nesses
momentos e me deixa mais curioso que nunca – fui devorando Prova de Fogo e o
desfecho se procede da mesma forma que todos os capítulos: em um raio de uma
cena de suspense do tipo HOLY SHIT!
Enfim, super recomendo Maze Runner: Prova de fogo,
principalmente se você gostou do primeiro. Agora, só ler o terceiro e último
livro da história principal de MR e saber qual será o desfecho, se o CRUEL
realmente é bom, o que de fato é o CRUEL e qual será o destino dos Clareanos.
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