15 de janeiro de 2016

Resenha: Maze Runner: Prova de fogo - James Dashner

© Elton Cardoso

Então, o segundo livro da trilogia começa exatamente onde terminou o primeiro, Correr ou morrer. Os Clareanos estão em uma casa onde foram levados por aqueles que os resgataram no livro anterior, mas a noite de descanso deles nem chega a termina e já descobrem que tem algo de muito errado. Thomas acorda no meio da noite com a certeza de que aconteceu algo com a Teresa, mesmo sem saber ao certo o que, enquanto isso, se depara com o quarto em que ele e seus amigos estavam dormindo no maior pandemônio, seres muitos estranhos estão tentam entrar na casa através das janelas, seres esses que são humanos infectados pelo Fulgor – uma espécie de vírus que se propagou no mundo pós-apocalíptico o qual a história se passa e que vai tirando a humanidade das pessoas ao poucos, transformando-os em uma espécie de zumbis, que chegam ao ponto de comerem a si próprios e outras pessoas, é claro.

Quando enfim, conseguem sair do quarto, os Clareanos descobrem algo muito estranho na sala em que eles haviam jantando e algo mais estranho ainda quando vão procurar pela Teresa: ela simplesmente sumiu, e no quarto que ela deveria estar há na verdade um garoto novo, chamado Aris, que irá trazer alguns esclarecimentos e gerar mais dúvidas para os Clareanos. Após muita coisa ter acontecido nessa primeira madrugada e sem saber do paradeiro da Teresa, eles ficam alguns dias trancados nessa casa até que, do nada, um homem vestido todo de branco aparece na sala, com uma escrivaninha e uma espécie de campo de forma o protegendo, e em um determinado tempo ele revela o motivo de estar ali: uma nova missão para os Clareanos. Eles terão que atravessar um deserto dentro de um prazo pré-estabelecido pelo CRUEL. E como “incentivo”, o funcionário da tão misteriosa CRUEL lhe dizem que todos os meninos estão infectados com o vírus do CRUEL e, ao atravessarem o deserto, que também faz parte dos experimentos, as Variáveis, eles receberam a cura do vírus como recompensa, caso contrário serão mortos de qualquer jeito – que belo incentivo, hein?

E assim se dá, lá vão eles enfrentar um deserto escaldante com várias provações durante a travessia e muitos Cranks – como são chamados os infectados com o Fulgor – sinistros.

Enquanto isso, a Teresa continua desaparecida e Thomas não consegue se comunicar telepaticamente como ela, o que o deixa mais aflito ainda. Porém, nas raras oportunidades que ele tem de dormir, ele sempre tem visões/flashbacks de seu passado, assim, algumas respostas sobre a própria história são esclarecidas, tanto para o Tommy quando para nós como leitor, assim como novas dúvidas surgem e outras continuam em aberto.

Ao contrário do que li em resenhas alheias – em que muitas pessoas alegaram que a história fica bem chata e insuportável a partir do segundo livro – não achei o livro chato e muito menos insuportável, ele literalmente é uma continuação do primeiro: super previsível em alguns momentos, mas as outras características que o autor adicionou a obra me fez continuar a leitura da mesma forma que aconteceu no primeiro livro.

Mas uma coisa que de fato me incomodou foi o romance amoroso. Qual a necessidade de sempre colocarem um romance nas histórias como alternativa de “quebra de tensão”? Nesse livro acontece um triangulo amoroso, que na minha opinião é totalmente desnecessário – podia acontecer com outros personagens secundários, sei lá, mas da maneira que o autor colocou ficou muito Bleh, why Jeez? Why?

Com capítulos bem curtos e sempre terminando em um momento de suspense – o autor acaba com minha pessoa nesses momentos e me deixa mais curioso que nunca – fui devorando Prova de Fogo e o desfecho se procede da mesma forma que todos os capítulos: em um raio de uma cena de suspense do tipo HOLY SHIT!

Enfim, super recomendo Maze Runner: Prova de fogo, principalmente se você gostou do primeiro. Agora, só ler o terceiro e último livro da história principal de MR e saber qual será o desfecho, se o CRUEL realmente é bom, o que de fato é o CRUEL e qual será o destino dos Clareanos.


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