Eita! Vamos lá tentar resenhar Harry Potter. Como alguns já
devem saber, Cursed Child é uma história original criada pela J.K. Rowling, com
o objetivo de ser contada em uma peça de teatro – nesse caso, duas peças, visto
que temos Parte 1 e Parte 2 –, e o responsável por transformar essa história
original em uma linguagem teatral foi o Jack Thorne, que escreveu o roteiro, e
o John Tiffany, diretor da peça. Assim, os três entram como coautores da
história, mesmo que os direitos autorais continuem pertencendo somente à J.K.
Rowling. A peça é exibida em Londres, mas a autora lançou o roteiro da mesma
em formato de livro. Ou seja,
Cursed Child é uma peça de teatro e deve ser
vista como tal, não como um romance ou um filme, uma PEÇA. Como Potterhead da
velha guarda, tentarei contar a história sem spoiler (
#KeepTheSecrets), para não estragar a
experiência de leitura daqueles que só poderão ler a versão brasileira do
roteiro. E optei por escrever esta resenha depois de alguns dias após ter terminado
de ler e assim poder colocar todos os pensamentos em ordem e não escrever com
toda a euforia que eu estava assim que terminei a história.
A história começa no epilogo que já conhecemos desde o
lançamento de Relíquias da Morte e, temporalmente, no ano de 2017, com o Harry
adulto levando seus filhos para a estação 9 ¾ em King’s Cross, e o Albus
Severus, seu filho do meio, enfrentando todo o nervosismo do primeiro dia de
aula e com medo de ir para Sonserina. Junto com sua prima Rose, eles embarcam
no trem rumo à Hogwarts, onde acabam conhecendo o Scorpius Malfoy, filho do
Draco. Assim como aconteceu com o Harry e o Ron, lá em Pedra Filosofal, rola
uma amizade instantânea aqui entre os dois – isso já não é mais um spoiler,
pois com certeza, vocês já devem ter visto alguma foto da peça e deduzido isso,
se não, me desculpa –, e essa amizade vai amadurecendo ainda mais em Hogwarts.
Depois de um pulo temporal de três anos – aqui já estamos em
2020 –, os meninos estão em seu quarto ano na Escola de Magia e Bruxaria, e
ambos enfrentam problemas em suas respectivas famílias.
Albus, sente o peso de ser um Potter em seus ombros, ele
sente a responsabilidade de seguir os grandes feitos do pai e de se provar para
o mundo, e acaba culpando o Harry por ter esse legado que ele nunca desejou, em
contrapartida, o Harry está atolado de trabalho no Ministério da Magia e por
isso, acaba não dando a devida “atenção” ao filho, isso acaba desestruturando a
relação pai-filho deles – as cenas mais emocionantes, sem sombras de dúvidas,
são essas do Harry com o Albus, é de partir o coração. Já o Scorpius, desde que
nasceu, sofre bullying, pois os pais dele tinham problemas para ter filhos e
surgiu o boato de que o Draco voltou no tempo para fazer com que a mulher dele
engravidasse do Lord Voldemort e assim, poder ter o Scorpius – isso também não
é spoiler, pois é revelado bem no começo da história. Com todos esses
problemas, a amizade dos meninos vai ficando mais forte.
Eis que o Albus ouve escondido uma conversa de seu pai com o
pai do Cedrico Diggory acerca de um problema, e ele decide que vai resolver este problema, que de
fato, não tem nada a ver com ele, como prova de mostrar que ele é útil. Assim
ele convence o Scorpius para ajuda-lo, e ambos vão pedir ajuda da prima do
Cedrico, que o Albus acabou conhecendo enquanto entreouvia a conversa, e
juntos, eles acabam entrando na história que é o plot principal de Cursed Child
e isso traz várias reviravoltas para história.
Como já mencionei, Harry Potter and the Cursed Child é uma
peça de teatro dividido em duas partes, cada parte com dois atos cada, assim,
um total de quatro atos na história. Eu, particularmente, comprei a história
até o ato três, apesar de vários furos presentes, mas quando chegou no ato
quatro a história muda de rumo de uma maneira tão drástica que os
acontecimentos ali presentes me fizeram ter uma única reação: WHAT THE FUCK IS
GOING ON? Os acontecimentos do ato quatro, para mim, como fã, são simplesmente
sem sentido, inclusive as explicações desses fatos, NÃO FAZ SENTIDO. Isso, para
mim, foi a pior parte da história, certos personagens vão caminhando durante
toda a história para um rumo que seria lindo, mas de repente, de uma forma
brusca isso é mudado – e aqui estou falando de um dos ships mais polêmicos ever
(que eu continuarei shipando mesmo assim
e fuck it all). Outra coisa que
para mim não faz o menor sentido é a tal “criança amaldiçoada”, apenas, nem
irei comentar mais sobre.
Enfim, a oitava história acabou de uma maneira um tanto
decepcionante, mas, com todas as falhas, é uma história que merece, sim, ser
lida, pois nela há vários elementos que todo fã adoraria conhecer mais
profundamente. Foi
maravilhoso conhecer mais sobre o Albus e o Scorpius. Foi
impagável saber como os personagens que amamos estão na vida adulta – e só
posso dizer que dá MUITO ORGULHO dos adultos que o Harry, Ron e Hermione se
tornaram. Foi
incrível, todas as referências às outras sete histórias de Harry
Potter. Foi uma
sensação indescritível estar de volta ao Mundo Bruxo, onde eu
passei anos lá, e ao voltar, saber que está tudo bem. Foi
maravilhoso se
apaixonar pelos personagens que conhecemos “só de vista” lá no epílogo. Foi
inexplicável ver todo o fandom de volta à ativa durante meses falando sobre
Cursed Child. Foi uma
experiência única poder ler a oitava história ao mesmo tempo em
que boa parte do mundo também estava lendo.
Nostalgia pura, e só por isso, vale
sim, a pena, ir conhecer a história de Cursed Child, que, apesar de já saber
da história pela leitura do roteiro, isso não acabou nem um pouco, a vontade de
ver a peça, pois, tem elementos que somente é possível vivenciar estando lá no
teatro sentado e vendo toda a história com os atores a encenando.
Enfim, vai lá e se dê o direito de conhecer Harry Potter and
the Cursed Child, pode ser muito surpreendente ou frustrante.
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