19 de agosto de 2016

Resenha: Harry Potter and the Cursed Child, de J.K. Rowling +

© Elton Cardoso
Eita! Vamos lá tentar resenhar Harry Potter. Como alguns já devem saber, Cursed Child é uma história original criada pela J.K. Rowling, com o objetivo de ser contada em uma peça de teatro – nesse caso, duas peças, visto que temos Parte 1 e Parte 2 –, e o responsável por transformar essa história original em uma linguagem teatral foi o Jack Thorne, que escreveu o roteiro, e o John Tiffany, diretor da peça. Assim, os três entram como coautores da história, mesmo que os direitos autorais continuem pertencendo somente à J.K. Rowling. A peça é exibida em Londres, mas a autora lançou o roteiro da mesma em formato de livro. Ou seja, Cursed Child é uma peça de teatro e deve ser vista como tal, não como um romance ou um filme, uma PEÇA. Como Potterhead da velha guarda, tentarei contar a história sem spoiler (#KeepTheSecrets), para não estragar a experiência de leitura daqueles que só poderão ler a versão brasileira do roteiro. E optei por escrever esta resenha depois de alguns dias após ter terminado de ler e assim poder colocar todos os pensamentos em ordem e não escrever com toda a euforia que eu estava assim que terminei a história.


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A história começa no epilogo que já conhecemos desde o lançamento de Relíquias da Morte e, temporalmente, no ano de 2017, com o Harry adulto levando seus filhos para a estação 9 ¾ em King’s Cross, e o Albus Severus, seu filho do meio, enfrentando todo o nervosismo do primeiro dia de aula e com medo de ir para Sonserina. Junto com sua prima Rose, eles embarcam no trem rumo à Hogwarts, onde acabam conhecendo o Scorpius Malfoy, filho do Draco. Assim como aconteceu com o Harry e o Ron, lá em Pedra Filosofal, rola uma amizade instantânea aqui entre os dois – isso já não é mais um spoiler, pois com certeza, vocês já devem ter visto alguma foto da peça e deduzido isso, se não, me desculpa –, e essa amizade vai amadurecendo ainda mais em Hogwarts.

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Depois de um pulo temporal de três anos – aqui já estamos em 2020 –, os meninos estão em seu quarto ano na Escola de Magia e Bruxaria, e ambos enfrentam problemas em suas respectivas famílias.

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Albus, sente o peso de ser um Potter em seus ombros, ele sente a responsabilidade de seguir os grandes feitos do pai e de se provar para o mundo, e acaba culpando o Harry por ter esse legado que ele nunca desejou, em contrapartida, o Harry está atolado de trabalho no Ministério da Magia e por isso, acaba não dando a devida “atenção” ao filho, isso acaba desestruturando a relação pai-filho deles – as cenas mais emocionantes, sem sombras de dúvidas, são essas do Harry com o Albus, é de partir o coração. Já o Scorpius, desde que nasceu, sofre bullying, pois os pais dele tinham problemas para ter filhos e surgiu o boato de que o Draco voltou no tempo para fazer com que a mulher dele engravidasse do Lord Voldemort e assim, poder ter o Scorpius – isso também não é spoiler, pois é revelado bem no começo da história. Com todos esses problemas, a amizade dos meninos vai ficando mais forte.

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Eis que o Albus ouve escondido uma conversa de seu pai com o pai do Cedrico Diggory acerca de um problema, e ele decide que vai resolver este problema, que de fato, não tem nada a ver com ele, como prova de mostrar que ele é útil. Assim ele convence o Scorpius para ajuda-lo, e ambos vão pedir ajuda da prima do Cedrico, que o Albus acabou conhecendo enquanto entreouvia a conversa, e juntos, eles acabam entrando na história que é o plot principal de Cursed Child e isso traz várias reviravoltas para história.

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Como já mencionei, Harry Potter and the Cursed Child é uma peça de teatro dividido em duas partes, cada parte com dois atos cada, assim, um total de quatro atos na história. Eu, particularmente, comprei a história até o ato três, apesar de vários furos presentes, mas quando chegou no ato quatro a história muda de rumo de uma maneira tão drástica que os acontecimentos ali presentes me fizeram ter uma única reação: WHAT THE FUCK IS GOING ON? Os acontecimentos do ato quatro, para mim, como fã, são simplesmente sem sentido, inclusive as explicações desses fatos, NÃO FAZ SENTIDO. Isso, para mim, foi a pior parte da história, certos personagens vão caminhando durante toda a história para um rumo que seria lindo, mas de repente, de uma forma brusca isso é mudado – e aqui estou falando de um dos ships mais polêmicos ever (que eu continuarei shipando mesmo assim e fuck it all). Outra coisa que para mim não faz o menor sentido é a tal “criança amaldiçoada”, apenas, nem irei comentar mais sobre.

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Enfim, a oitava história acabou de uma maneira um tanto decepcionante, mas, com todas as falhas, é uma história que merece, sim, ser lida, pois nela há vários elementos que todo fã adoraria conhecer mais profundamente. Foi maravilhoso conhecer mais sobre o Albus e o Scorpius. Foi impagável saber como os personagens que amamos estão na vida adulta – e só posso dizer que dá MUITO ORGULHO dos adultos que o Harry, Ron e Hermione se tornaram. Foi incrível, todas as referências às outras sete histórias de Harry Potter. Foi uma sensação indescritível estar de volta ao Mundo Bruxo, onde eu passei anos lá, e ao voltar, saber que está tudo bem. Foi maravilhoso se apaixonar pelos personagens que conhecemos “só de vista” lá no epílogo. Foi inexplicável ver todo o fandom de volta à ativa durante meses falando sobre Cursed Child. Foi uma experiência única poder ler a oitava história ao mesmo tempo em que boa parte do mundo também estava lendo. Nostalgia pura, e só por isso, vale sim, a pena, ir conhecer a história de Cursed Child, que, apesar de já saber da história pela leitura do roteiro, isso não acabou nem um pouco, a vontade de ver a peça, pois, tem elementos que somente é possível vivenciar estando lá no teatro sentado e vendo toda a história com os atores a encenando.

Enfim, vai lá e se dê o direito de conhecer Harry Potter and the Cursed Child, pode ser muito surpreendente ou frustrante.



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