29 de dezembro de 2016

Resenha: Fangirl, de Rainbow Rowell

© Elton Cardoso
Fofo! É assim mesmo que eu inicio esta resenha. Após muuuuito tempo sem ler romances românticos, do nada me bateu uma vontade de ler algo do gênero, e desde o hype de Fangirl já adicionei ele à minha lista de leituras, e agora, com o Kindle, foi possível.

Como não tenho o hábito de mostrar spoilers nas minhas resenhas, farei um esforço maior aqui, pois, em Fangirl, acontecem várias histórias paralelas que estão ligadas de certo modo, e isso poderia estragar a experiência de leitura.

O livro começa com uma introdução de uma página da Wikipédia sobre a saga do Simon Snow – uma clara alusão aos livros do Harry Potter, visto que o Simon também é um bruxo, tem uma melhor amiga que é um gênio, um arqui-inimigo na escola e outro que anda perambulando e causando o terror pelo mundo bruxo e que ele terá que enfrentá-lo e destruí-lo mais tarde. Ah, eles também estudam em uma escola de bruxaria super Hogwarts vibes – que só por isso dá para prever que isto terá uma certa importância durante a história. De fato tem!

Após isso, aí sim, começa a história com a Cather – Cath, como ela prefere –, chegando no seu dormitório da faculdade no primeiro dia de aula, esta, já está super nervosa e desconfortável, pois sua irmã gêmea, Wren, se recusou a dividir o quarto da faculdade com ela após terem dividido, durante dezoito anos, o mesmo quarto em sua cidade natal, Omaha, pois a Wren declarou que queria independência, e a universidade seria uma ótima oportunidade para que cada uma das irmãs pudessem viver suas respectivas vidas.

Porém, a Cath não encontra sua colega de quarto, a Reagan, mas sim um garoto todo sorrisos, Levi, o que a deixa mais nervosa. Mais tarde ela descobriu que ele seria o namorado de sua roomate. Enquanto o Levi é um cara super simpático e vivia com um sorriso estampado na cara, a Reagan era o oposto: rude, levemente mal humorada, segura de si, direta, e com uns 5 namorados aos seus calcanhares. Isso intimidou ainda mais a Cath, pois ela é uma clássica nerd viciada nos livros do Simon Snow – tão viciada que ela escreve fanfictions sobre a saga, é super famosa na internet com o pseudônimo de Magicath, e tem milhares de fãs que adora a história alternativa que ela escreve sobre os personagens de Simon Snow (parte dessa fama se deu, pois em suas histórias, o Simon, que seria o Harry, é apaixonado e tem um romance com o Baz, que seria o Draco #DRARRY) –, além de ser bastante introspectiva, anti social, reservada e timida, decidiu cursar Inglês devido sua paixão pela literatura e por escrever. Além do que, ela enfrenta a saudade de casa, não está se adaptando à nova vida na faculdade, não consegue/quer fazer novos amigos entre outras situações – gente, super me identifiquei com a Cath, o primeiro ano dela na faculdade descreveu praticamente tudo o que eu passei no meu primeiro ano haha!.

Dentre os outros problemas que a Cath terá que enfrentar, irei citar apenas alguns por cima, sem me aprofundar: ela acaba se apaixonando pelo namorado de sua colega de quarto, tem uma relação conturbada com a mãe, briga com a irmã, se preocupa (com razão) com o pai, além de ter de lidar com tudo isso que está acontecendo em sua vida e não esquecer de continuar escrevendo suas fanfictions sobre o Simon Snow. Lembrando que eu citei beeeem por cima algumas das situações que acontecem durante o livro, que obviamente é bem mais desenvolvido pela autora.

Entretanto, o livro não é só maravilhas. Ele apresentou algumas coisas que eu, particularmente, não gostei, como o fato de, no final de TODO CAPÍTULO, ter um trecho dos livros do SS ou de uma das fanfics da Cath, sério, não entendi o motivo disso. Sem falar que ela ler uma de suas fanfiction para um determinado personagem, mesmo que isso tenha uma certa importância às cenas em que isso acontece, os trechos, dessa vez dentro do capítulo, eram muuuuuuuito longos, cansativos e chato – na boa, querida Rowell, eu estava pouco me lixando para as histórias do Snow, pois a história da Cath é beeem mais interessante –, isso fez com eu lesse essa fanfiction de uma maneira extremamente mecânica. nunca gostei de fanfics Outro problema que eu achei, e que não sei se o problema está em mim ou na narração da autora, foram os diálogos entre os personagens: teve várias vezes que não sabia quem era a fala de quem e lá ia eu voltar e reler tudo mais uma vez e mais vezes. Ainda sobre as coisinhas chatas presente no livro, está os devaneios da Cath. Gente, a narração seguia lá de boas no presente e do nada mudava para os devaneios da Cath e eu ficava “oi? Como vim parar aqui? O que aconteceu? Ah, não, pera, isso é um devaneio! Hey, voltou para a narração normal o/”.

Mas enfim, apesar disso, a história do livro é muito boa, tão boa que me fez tentar ignorar esses pequenos problemas e seguir com a leitura. A Rainbow Rowell (gente, ela tem nome de arco-íris <3) conseguiu criar todo aquele clima gostoso de filme comédia romântica que a gente senta para ver por acaso na Sessão da Tarde, se apaixona pela história, pelos personagens, pelo clima, e não sai do sofá enquanto o filme não acabar. Pois é, foi assim que me senti lendo Fangirl e super recomendo a leitura!



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