Então, esse é um daqueles livros que o motivo principal que
me fez lê-lo foi simplesmente a capa, nada mais. Assim, com essa capa prá lá de linda eu iniciei a leitura da
mais nova trilogia de Jenny Han.
Aqui, conhecemos a Lara Jean, uma adolescente de 16 anos que
tem mania de escrever cartas de termino de relacionamento quando ela decide que
não quer mais estar apaixonada por um determinado garoto – mesmo ela nunca ter
namorado nenhum dos garotos para quem escreve suas cartas –, nessas cartas ela
não reprime seus sentimentos e expõe tudo, desde o motivo pelo qual ficou afim
deles, até as coisas que eles fazem que mais irritam ela e as que ela mais
gosta neles. Tudo isso nos é apresentado logo na introdução do livro.
Após ficarmos sabendo da rotina da família Covey – composta pela
Lara Jean; sua irmã mais velha que está de mudança para a Escócia para cursar
faculdade, Margot; a caçula, Katherine (Kitty, para os mais íntimos) e o pai
delas, que é médico. Com a morte da mãe das meninas quando Lara Jean ainda era
criança, a responsabilidade de ser “a madura” acabou ficando com a Margot. Ela
toma conta de tudo, põe ordem na casa, mantem a rotina funcionando, faz o
possível para não sobrecarregar o pai que trabalha muito, porém ela está de
mudança, e o bastão de “irmã mais velha” irá passar para a irmã do meio, Lara
Jean, que está com muito medo dessa grande mudança/responsabilidade.
Confesso que a Lara Jean me irritou muito durante boa parte
do livro. No começo ela demonstra um comportamento muito
irritante/mimado/infantil que me deu nos nervos. Tive que reunir coragem para
continuar com a leitura.
Nossa personagem principal ver sua vida virar do avesso –
bem clichê essa frase, neam! –, quando procura uma caixa de chapéu, que ganhou
de presente de sua mãe, onde ela guarda os maiores segredos dela: suas cartas
de despedida de amor. Porém, ela não encontra as cartas lá e é ativado o modo “já
pode surtar porque o bicho vai pegar”. Ela procura essas cartas por toda a
casa, mas não as encontra e decide ir dormir angustiada. No dia seguinte,
primeiro dia de aula do ano letivo, ela estava na aula de educação física e de
repente, um antigo amigo de infância dela se aproxima e questiona o recebimento
de uma determinada carta escrita por ela. Isso mesmo, o pior pesadelo de Lara
Jean aconteceu. Suas cartas foram enviadas. Um dos destinatários a recebeu e
está ali na frente dela querendo explicações.
Ela conta o verdadeiro motivo das cartas, explica que foram
enviadas para outros garotos, principalmente o garoto que ela realmente gosta,
e para tentar amenizar a vergonha que ela vai passar, o Peter, o primeiro
garoto que recebeu a carta, oferece uma proposta irrecusável que será benéfica
para ambos: fingir que estão namorando. Com isso, eles poderiam causar ciúmes
nas respectivas pessoas que eles estavam apaixonados.
Um triangulo amoroso muito perigoso acaba se formando, pois
com o falso namoro, antigos sentimentos sobre o Peter vão ressurgindo aos
poucos enquanto enfrenta o dilema por ter consciência que jamais poderá ficar
com o garoto que ela está apaixonada – e o motivo não será revelado por
questões de spoilers.
Como mencionei anteriormente, a protagonista deste livro me
irritou muito com suas atitudes infantis – sim, eu sei que ela tem apenas 16
anos, mas mesmo assim, me irritou –, porém é bastante visível o amadurecimento
dela ao longo da história, ao ponto que me fez gostar e torcer por ela.
Com capítulos bem curtos, a leitura flui com uma leveza e
agilidade surpreendente, e eu, para variar, me senti cada vez mais tentado
naquela história de “só mais um capítulo” já que eram tão pequenos.
Os últimos capítulos trazem uma grande reviravolta à
história e a autora termina o livro de maneira que me agir tipo “COMO SE ATREVE
TERMINAR O LIVRO DESSA FORMA, MUIÉ? CÊ TÁ LOKA?”. O que me fez ficar tentado em
comprar logo o próximo livro da trilogia e já começar a ler, mas não o fiz,
tive que me controlar e priorizar outras leituras que estavam pendentes, mas
pretendo ler “PS: Ainda amo você” em breve e, é claro, assim que o fizer, terá
resenha aqui no blog.
Enfim, apesar dos pormenores, fica a recomendação de Para todos os garotos que já amei, se
você curte ou quer conhecer histórias românticas adolescente bem no clima
daqueles filmes de Sessão da Tarde, sabe?
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