© Elton Cardoso |
Como não tenho o hábito de mostrar spoilers nas minhas
resenhas, farei um esforço maior aqui, pois, em Fangirl, acontecem várias
histórias paralelas que estão ligadas de certo modo, e isso poderia estragar a
experiência de leitura.
O livro começa com uma introdução de uma página da Wikipédia
sobre a saga do Simon Snow – uma clara alusão aos livros do Harry Potter, visto
que o Simon também é um bruxo, tem uma melhor amiga que é um gênio, um arqui-inimigo
na escola e outro que anda perambulando e causando o terror pelo mundo bruxo e
que ele terá que enfrentá-lo e destruí-lo mais tarde. Ah, eles também estudam
em uma escola de bruxaria super Hogwarts vibes – que só por isso dá para prever
que isto terá uma certa importância durante a história. De fato tem!
Após isso, aí sim, começa a história com a Cather – Cath,
como ela prefere –, chegando no seu dormitório da faculdade no primeiro dia de
aula, esta, já está super nervosa e desconfortável, pois sua irmã gêmea, Wren,
se recusou a dividir o quarto da faculdade com ela após terem dividido, durante
dezoito anos, o mesmo quarto em sua cidade natal, Omaha, pois a Wren declarou
que queria independência, e a universidade seria uma ótima oportunidade para
que cada uma das irmãs pudessem viver suas respectivas vidas.
Porém, a Cath não encontra sua colega de quarto, a Reagan,
mas sim um garoto todo sorrisos, Levi, o que a deixa mais nervosa. Mais tarde
ela descobriu que ele seria o namorado de sua roomate. Enquanto o Levi é um
cara super simpático e vivia com um sorriso estampado na cara, a Reagan era o
oposto: rude, levemente mal humorada, segura de si, direta, e com uns 5
namorados aos seus calcanhares. Isso intimidou ainda mais a Cath, pois ela é
uma clássica nerd viciada nos livros do Simon Snow – tão viciada que ela
escreve fanfictions sobre a saga, é super famosa na internet com o pseudônimo
de Magicath, e tem milhares de fãs que adora a história alternativa que ela
escreve sobre os personagens de Simon Snow (parte dessa fama se deu, pois em
suas histórias, o Simon, que seria o Harry, é apaixonado e tem um romance com o
Baz, que seria o Draco #DRARRY) –, além de ser bastante introspectiva, anti
social, reservada e timida, decidiu cursar Inglês devido sua paixão pela
literatura e por escrever. Além do que, ela enfrenta a saudade de casa, não
está se adaptando à nova vida na faculdade, não consegue/quer fazer novos amigos
entre outras situações – gente, super me identifiquei com a Cath, o primeiro
ano dela na faculdade descreveu praticamente tudo o que eu passei no meu
primeiro ano haha!.
Dentre os outros problemas que a Cath terá que enfrentar,
irei citar apenas alguns por cima, sem me aprofundar: ela acaba se apaixonando
pelo namorado de sua colega de quarto, tem uma relação conturbada com a mãe,
briga com a irmã, se preocupa (com razão) com o pai, além de ter de lidar com
tudo isso que está acontecendo em sua vida e não esquecer de continuar
escrevendo suas fanfictions sobre o Simon Snow. Lembrando que eu citei beeeem
por cima algumas das situações que acontecem durante o livro, que obviamente é
bem mais desenvolvido pela autora.
Entretanto, o livro não é só maravilhas. Ele apresentou
algumas coisas que eu, particularmente, não gostei, como o fato de, no final de
TODO CAPÍTULO, ter um trecho dos livros do SS ou de uma das fanfics da Cath,
sério, não entendi o motivo disso. Sem falar que ela ler uma de suas fanfiction
para um determinado personagem, mesmo que isso tenha uma certa importância às
cenas em que isso acontece, os trechos, dessa vez dentro do capítulo, eram
muuuuuuuito longos, cansativos e chato – na boa, querida Rowell, eu estava
pouco me lixando para as histórias do Snow, pois a história da Cath é beeem
mais interessante –, isso fez com eu lesse essa fanfiction de uma maneira
extremamente mecânica. nunca gostei de fanfics Outro problema que eu
achei, e que não sei se o problema está em mim ou na narração da autora, foram
os diálogos entre os personagens: teve várias vezes que não sabia quem era a
fala de quem e lá ia eu voltar e reler tudo mais uma vez e mais vezes.
Ainda sobre as coisinhas chatas presente no livro, está os devaneios da Cath.
Gente, a narração seguia lá de boas no presente e do nada mudava para os
devaneios da Cath e eu ficava “oi? Como vim
parar aqui? O que aconteceu? Ah, não, pera, isso é um devaneio! Hey, voltou
para a narração normal o/”.
Mas enfim, apesar disso, a história do livro é muito boa,
tão boa que me fez tentar ignorar esses pequenos problemas e seguir com a
leitura. A Rainbow Rowell (gente, ela tem nome de arco-íris <3) conseguiu
criar todo aquele clima gostoso de filme comédia romântica que a gente senta
para ver por acaso na Sessão da Tarde, se apaixona pela história, pelos
personagens, pelo clima, e não sai do sofá enquanto o filme não acabar. Pois é,
foi assim que me senti lendo Fangirl e super recomendo a leitura!
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